Cardiopatias

COARCTAÇÃO DE AORTA

A CoAo, Coarctação de Aorta, está entre as cardiopatias congênitas mais comuns, representando algo entre 4% a 6% das ocorrências. Predomina no sexo masculino, em uma proporção de 2 a 3 para 1, e caracteriza-se por um estreitamento no maior vaso do corpo, a chamada artéria aorta.

Em um quarto dos casos, a doença se apresenta como lesão isolada. Nos três quartos restantes, é comum ela se associar a outras anomalias, tais como a valva aórtica bivalvular, a persistência do canal arterial, a comunicação interventricular, a estenose aórtica valvar ou a estenose aórtica subvalvar.

Quando é isolada, o tratamento é mais simples pois trata-se de uma lesão única e do lado de fora do coração, na artéria aorta. Mas quando se apresenta combinada, essa patologia demanda um tratamento mais complicado. 

O diagnóstico é confirmado por ecocardiograma e pode ser complementado por uma  angiotomografia ou ressonância magnética do coração. Realizar essa detecção durante o pré-natal não é uma tarefa simples, mas, por vezes, é possível fazê-la através do ecocardiograma fetal.

A manifestação clínica da CoAo varia conforme a faixa etária. No recém-nascido, o quadro tende a ser mais grave, com possibilidade de descompensação cardíaca e choque, com a consequente necessidade de intervenção cirúrgica ou percutânea precoce. A doença também pode causar palidez, irritabilidade, sudorese e dificuldade respiratória.

Nas crianças maiores, ela pode se manifestar através de dores no peito e dores nas pernas, além de causar pressão alta e, por isso, é muito importante aferir a pressão arterial e palpar os pulsos nos quatro membros. Mas atenção: trata-se de uma atividade para ser realizada pelo pediatra.

Nos adultos jovens, a pressão alta é a principal manifestação que se apresenta.O paciente poderá levar uma vida normal, mas necessitará de acompanhamento regular, devido ao risco de reincidência do estreitamento do local.