No “Coração em Foco” de hoje, venho falar de uma condição muito desafiadora: a Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo. 🫀
Essa doença representa de 1% a 3,8% das cardiopatias congênitas e, embora possa acometer qualquer bebê, é mais comum em meninos. Estima-se que 90% dos casos sejam influenciados por fatores genéticos e ambientais, reforçando a importância de um acompanhamento pré-natal detalhado.
Na prática, a Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo resulta do desenvolvimento anormal das estruturas do lado esquerdo do coração, incluindo o ventrículo esquerdo, as válvulas mitral e aórtica, além da aorta. Em outras palavras, há uma interrupção ou significativa restrição do fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para a aorta, o que impede seu desenvolvimento adequado. A condição pode ser detectada a partir das 18 semanas de gestação, por meio da ecocardiografia fetal, exame indicado quando há suspeitas durante a ultrassonografia morfológica.
O tratamento envolve uma abordagem cirúrgica em três estágios. O primeiro, chamado de cirurgia de Norwood Sano, geralmente ocorre nas primeiras 48 a 72 horas de vida e pode ser feito de forma convencional ou híbrida, com auxílio de cateterismo. Em seguida, a cirurgia de Glenn é programada para os 4 meses, e a cirurgia de Fontan, entre os 3 e 4 anos de idade. Mesmo em centros especializados, a cirurgia inicial apresenta alta morbidade e mortalidade, destacando a complexidade do quadro e a importância de um atendimento altamente qualificado.
Se você tem dúvidas ou quer entender mais, acompanhe nossa série. Em breve, trarei mais temas sobre o coração e as cardiopatias congênitas! Tem algum que gostaria de ver? Deixe em meu Instagram!